A jornalista Rachel Sheherazade, do SBT Brasil, em gravação do Programa Silvio Santos do próximo domingo Foto: Divulgação/SBT |
Na emissora, Sheherazade deverá ganhar R$ 350 mil por mês, R$ 100 mil a mais do que no SBT. O contrato será de quatro anos. Ela deverá ser o terceiro membro da bancada do Jornal da Band, que tem uma linha crítica ao governo federal, ao lado de Ricardo Boechat e Ticiana Villas Boas. A Band não se posicionou oficialmente sobre o assunto nesta quinta (1°).
O interesse da Band em Rachel Sheherazade cresceu depois que o SBT anunciou, no início de abril, que seus apresentadores não vão mais emitir comentários pessoais em seus telejornais. A medida foi uma censura à jornalista, que em fevereiro virou notícia ao dizer que achava "compreensível" a atitude de um grupo de "justiceiros" que amarraram a um poste um suposto assaltante de 16 anos, no Rio de Janeiro. O SBT passou então a ser pressionado pelo governo federal, procuradores e partidos de esquerda, insatisfeitos com os comentários conservadores de Sheherazade.
Embora tenha manifestado oficialmente concordância e respeito ao veto do SBT, Sheherazade, intimamente, não gostou nem um pouco da medida. Primeiro, porque ela foi contratada pelo SBT para expressar sua opinião. Sem opinar, ela é uma apresentadora como outra qualquer, não tem brilho. Como comentarista, expressa a opinião de milhões de pessoas, inclusive a do presidente da Band, Johnny Saad.
Sheherazade tem contrato com o SBT até março de 2015. No próximo domingo, ela participa do Programa Silvio Santos.
Na Band, além de preencher uma demanda editorial, a contratação é vista também como uma forma de a Band "vingar" a perda de Danilo Gentili e dezenas de outros profissionais para o SBT.
Por DANIEL CASTRO - Notícias da TV
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