Após 'esbarrão' travestis heterofóbicos espancam Professora dentro de Rodoviária |
(Foto: Júlia Fernandes / Arquivo Pessoal) |
Segundo Júlia, ela e o pai tinham acabado de fazer um saque em um dos caixas eletrônicos da rodoviária de Santos e buscavam uma cadeira para aguardar o ônibus. “Estávamos aguardando o ônibus, já que estávamos uns 20 minutos adiantados. Fizemos um saque e fomos procurar um banco para sentarmos”, conta.
Quando procurava um lugar para sentar, dois travestis trombaram nela e no pai. “Ambos passaram pela gente dando um esbarrão. Logo em seguida eu perguntei se eles não enxergavam. Isso foi suficiente para um deles partir para cima de mim e do meu pai”, explica.
Após as agressões, Júlia conta que não teve ajuda dos seguranças da rodoviária. Segundo ela, não houve nenhum movimento para separar a briga. “Após caírmos no chão e nos levantarmos, os dois ainda estavam no local. Eu pedi para os seguranças não deixarem eles fugir. Não nos estenderam nem o braço para nos ajudar a sair do chão. Nossos pertences ficaram espalhados pela rodoviária”, conta.
A professora registrou boletim de ocorrência contra os travestis e fez o exame de corpo de delito em São Paulo, cidade onde mora. Ela diz que entrará na Justiça contra a rodoviária de Santos e também fará uma queixa na ouvidoria da cidade.
A Prefeitura de Santos afirmou, por meio de nota, que a vigilância na rodoviária de Santos é feita por uma empresa contratada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que é responsável pela administração do serviço e que, conforme o relatório da empresa, um dos vigilantes percebeu o desentendimento e agiu de imediato para separar os envolvidos.
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